quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A DEUSA DO FESTIVAL

ESTE POST FOI ESCRITO POR AMARA HOLANDA
´´Corpos Celestes" encerra com brilho competição em Gramado

O longa "Corpos Celestes" é a atualização, poética e lírica, do antigo embate entre duas visões opostas do mundo: o pragmático e o transcendente, o intelecto e a emoção, a razão objetiva da ciência e a sensibilidade subjetiva da vida.

A DEUSA DO FESTIVAL


Gente, descrever esse momento é uma tarefa complexa. Envolve muitos sentimentos. Ver na telona, como disse Marcos, a nossa Carol! Foi algo! As cenas passavam pela minha cabeça como num filme e eu tinha a sensação de estar vivendo um sonho.
Lembrava dela pequeninha, fazendo as suas cenas, inventando apresentações que abrilhantavam os nossos encontros com sua graça e vivacidade da inocência de criança. E quando voltava para a atualidade, enxergava a nossa Carol. A mesma Carol, com tudo aquilo que a caracteriza. A alegria, a ingenuidade da pureza, da menina que se transforma em mulher (um mulherão, diga-se de passagem!) sem deixar de ser menina. Que aprecia um colo, um carinho e sabe retribuí-lo.
E tudo isso no cenário de Gramado! Perfeito! Curtir isso com ela, Orimar, Deirdre, Cris e Robe. Isso já era por si muito bom, e o motivo de estarmos ali melhor ainda.
O filme, muito bonito, falava de sentimentos, de vida, da valorização daquilo que realmente merece nossa atenção. As pessoas, as relações. Me apaixonei pela Diana. É ela quem provoca a reflexão e transformação do personagem. Magnífico.
A intimidade, a desenvoltura com que ela se coloca em cena diz de alguém que tem na tela seu cenário natural. Sua atuação flui naturalmente. Bela, belíssima. Sua beleza em cena rendeu o título de “Deusa do Festival” por um dos críticos.
A primeira noite fomos assistir ao filme, à entrada triunfal pelo tapete vermelho que emprestava a nós mortais o glamour do evento, se seguiu a exibição do filme. Saímos tocados, pela história que emociona, pela emoção de ver na telona a nossa Carol. Será que era real?!
Na saída, ela bela e feliz, abraçava e era abraçada pelos colegas. É, os colegas atores e atrizes, que a parabenizavam e desejam muita merda pra ela! (Eu ouvi, em meio aos cochichos em seus ouvidos...).
Demoramos a sair dali...também não tínhamos pressa. Estávamos ali pra isso, para saborear cada momento, cada movimento. Entre um chamado e outro, ora para abraçar um colega, ora conversar com um repórter, ora para falar com o Marquinhos (Palmeira, que queria vê-la), fizemos o caminho de volta pelo tapete vermelho. Desta vez ao lado da estrela.
Fomos jantar com a equipe de filmagem. Todos a tratavam com muito carinho e muita torcida. Celebramos com o vinho cuja rolha Cris guardou com as assinaturas de todos.
Dormimos felizes, para no outro dia acordar, ainda sem ter dormido o suficiente, mas com a certeza de que não poderíamos perder nenhum momento. Fomos então à sessão de debate sobre o filme.
A atriz Carolina Holanda e o diretor Marcos Jorge na coletiva de "Corpos Celestes"

Uma sala repleta de pessoas e críticos de cinema. Nós na expectativa, nos segurando para não atropelar a palavra e dar nossa opinião. Limitamo-nos a ouvir. O primeiro crítico (cujo nome vou ficar devendo) entrou de sola e fez severas críticas ao filme. Isso nos encheu de ansiedade, afinal era o primeiro a falar, e falava como crítico, cuja opinião não combinava com os sentimentos em nos despertados ao assistir o filme. O filme nos tocou, é claro que o fato de ter a Carol em cena foi significativo, mas não era só por isso.
Bom, ele resolve finalizar sua fala com a apreciação da atuação da Carol. Segundo ela, quando ele abriu a boca, ela temeu: “agora ela vai me arrasar!”. Confesso que nem de longe isso passou pela minha cabeça. E quando ele rasga elogios, inclusive utilizando a frase: “Você salvou o filme!”. Deleitei-me. Meu coração se rasgava de orgulho e o peito inflou. Nessa hora nem me lembrei do diretor, gente muito boa, e que também estava muito feliz por ela.
Mas tarde um repórter que a entrevistou disse: “Você deve estar radiante, por ouvir isso do fulano!” (é um crítico bambambam de São Paulo e muito rigoroso). Ai foi que tivemos a clareza do tamanho do significado daquele elogio. Estava longe de ser um elogio de mãe.
Outra crítica que foi mais delicada em sua fala, e também ressaltou aspectos positivos do filme, ao se dirigir a ela, associou a sua interpretação a atuação de uma atriz italiana (eu sinto muito, mas sou péssima com os nomes - quem estiver interessado pode perguntar a ela) e entre outras coisas fez uma ressalva importante. Chamou a atenção para o fato de que o papel exigia uma mulher bonita, não tinha como não ser, mas que o papel exigia não apenas uma mulher bonita. E que ela soubera interpretar. Sua atuação não ficou apenas na beleza. Ela desenvolvera com muita propriedade a personalidade da personagem para o papel. Tinha que ser bonita, mas apenas ser bonita não bastava. E ela fez muito bem o papel.
Em seguida um crítico mais velho, também rasgou seda à sua atuação e beleza. A ele seguiu-se um outro que questionou o nome do filme, após os elogios a ela disse que o filme não deveria se intitular “CorpoS celesteS”, mas CorpO celestE, ela é divina. É a DEUSA DO FESTIVAL!

14.08.2009 - Gramado/RS - 37° Festival de Cinema de Gramado - Coletiva de imprensa do longa brasileiro "Corpos Celestes", atriz Carolina Holanda e o diretor Marcos Jorge - Foto Alessandro Rodrigues/PressPhoto1477 Kb - (2006 x 2996 px) 14.08.2009 - Gramado/RS - 37° Festival de Cinema de Gramado - Coletiva de mprensa do longa brasileiro "Corpos Celestes",
http://www.edisonvara.com.br/gramado2009/sexta/14_08_09_FestivalCinema_3419.JP


Premiação

À noite estávamos nós novamente no tapete vermelho, rumo à entrega dos prêmios! Ela num vestido verde e cabelos ondulados, como sempre bela. É claro que o prêmio seria muito bem-vindo! Mas no fundo nós já tínhamos a sensação de estarmos sendo premiados.
Representados pela manhã que nos trouxe aos ouvidos e ego tantos elogios, vê-la na vitrine que o festival representa e principalmente por estar na vitrine e ter sido PERCEBIDA! Se estar no festival já era um prêmio a visibilidade que ela teve era um premio maior ainda. Além de que a concorrência era desleal. Primeiro porque a vencedora teve certamente a oportunidade de mostrar mais recursos. Interpretar 4 personagens! E pra completar, ainda ser uma atriz com uma longa trajetória e experiência! Não dá pra querer né? Não dá pra ficar triste, é compreensível e até justo.
Então o prêmio, foi vê-la deslumbrante naquele tapete vermelho, sendo chamada aos gritos de “Doutora Gabriela, olha pra cá, tira uma foto com a gente!”...e ter os passos interrompidos por vários pedidos de pose para fotos.
E principalmente, o grande prêmio de perceber que ela continua nossa Carol.
Carol, carolina, carolinda! Alegre, feliz, menina, mulher, brejeira, traquina. Sabendo se dividir entre os compromissos e a companhia dos pais, dos tios e prima. Antes da badalação do evento, estava entre nós, almoçando, jantando, sorrindo, sonhando, sendo a Carol de sempre.
Me redimi um pouco de estar ausente em tantos momentos importantes da vida dos meus sobrinhos. EU PRECISAVA IR! Me dei esse presente! Se ela ficou feliz por me ver, com certeza não ficou mais feliz do que eu por ter estado lá! Esse foi meu prêmio, viver ao lado dela,Cris, Robe, Deirdre e Orimar “tantas emoções!”
É premonitório os nomes que a personagem se atribuía: Diana, Lucila, Celeste, Estela...Estrela Carol...
E quem quiser que conte outra...que complemente...essas foram as minhas impressões transformadas em palavras que não traduzem tudo que vivi...

TIM TIM!
Beijos, Bulú

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