sexta-feira, 23 de novembro de 2007

MEU IRMÃO E ORELHÃO

Pedro Holanda
Meu irmão mais velho, o galo, que não teve adolescência, é o de campina, já nasce galo, não passando pelo estágio anterior, sempre foi um cara, assim, meio inocente, no sentido de ser desprovido de malícia, e fazia coisas do tipo, jogar futebol não pressupunha necessariamente dar pancada, botar um toco, ou coisas do gênero. Quando alguém o ´´pegava´´ ele ia a forra, dando carimbadas, pois não sabia bater. Bom, quando ele era menor, ou melhor, mais novo, criança ainda, destacava-se já, pelo saber, desenhava na calçada do mercado público (Lá em Barreiros, cidade da Mata Sul, onde nascemos) o esqueleto humano, munido de uma pedra de carvão, e ainda colocava o nomes dos ossos, mas o baixinho, usava óculos com armação grossa e preta, tipo aquele garoto da Revista MAD, era o professor aloprado, pela idade, não tardou a receber o apelido de Marcos Ceguinho. Ai é que entra a história...
Em um sábado desses, íamos para Barra de Catuama, resolver umas coisas, nas nossas casas, Eu; ele e Robenildo (Este, nosso cunhado), quando recebemos uma ligação relatando que houvera um acidente rodoviário, no percurso Petrolina/Recife e que os acidentados estavam em sua maioria, sendo atendidos no Hospital da Restauração e dentre os quais havia uma amiga da esposa dele. Decidimos então verificar como estava a moça. Estacionamos o carro em uma das transversais e seguimos, eu e Robenildo um pouco a frente e ele e a esposa, logo atrás... Daí escutamos um barulho de uma senhora porrada... PAAA, e logo a seguir o comentário dele: ´´Pooorrrraaa!!! É por isso que os cegos reclamam tanto desses orelhões!!! E não é que o cara havia enfiado as fuças num orelhão!!!

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