terça-feira, 13 de novembro de 2007

OUTROS CAUSOS

Pedro Holanda

Velhos e bons tempos, aqueles do início de nossa chegada ao Recife. (Viemos de Barreiros no ano de 1966/1967) Peladas no campo da jaqueira, na estrada nova (Em frente ao IV BCOM do Exército), o nosso time o Stander de Welson... e o Carijó (Meu mano véio) lançando e correndo para o abraço. Maturi (Eu) com ela era, caixa. De quando em vez eu entrava pela direita, metia na área e o Carijó, com esse tamanho todo, (1,62m) metia o quengo e... filó parecia que o baixinho tinha trampolim... subia que era uma festa. Houve uma pelada na jaqueira e na ocasião o Carijó estava numa maré de azar da porra, tanto que tomou o apelido de Jô Azarado, não fazia um gol... e pra completar ainda tomou um drible de Zé Priquita por debaixo das canetas, e o sacana driblou quase todo mundo e sorrindo ficou cara a cara com o gol, inclusive já sem goleiro, aprontou-se e deu uma porrada, bola quicando, não deu outra... por cima. A galera que não prestava, não hesitou...EMOCIONOU-SE!!!. A tua, Carijó, eu não conto, porque foi trágico, se não fosse cômico, deixa para lá... Eu, Biu e Júlio sabemos. Réréréréré.

Na praça de Jardim São Paulo, mais precisamente na calçada da barbearia de Diogo, tinha um jogo de sinuca, daqueles de 16 bolas numeradas, e a galera fazia a festa. Tinha um cara chamado Nelson, um misto de cambista e corretor, com uma voz de taquara rachada, moleque todo. Pois bem, certo dia, um coroa chamado João Estevão, desses que não podia nem pisar numa tampa de garrafa que ficava bebo. Ele morava do outro lado da praça já na saída do bairro, tomou as bicadas dele, e bebo foi saindo e o gaiato do Nelson pegou uma cartolina e fez uma espécie de mega-fone e falou: Tem condições de ir só??? Tem???...Tem???.... o velho já estava no meio da rua, quando virou-se para esbravejar contra Nelson, mas, caiu. Daí, Chico Temba foi ajudá-lo e por azar escorregou e caiu por cima do bebo. Ai Nelson não se fez de rogado, tomou o mega- fone e lascou: Tem condições????, Os dois!!!!....

Conta-se que em um ensaio do espetáculo da Paixão de Cristo em Nova Jerusalém, em um determinado trecho, os atores todos preparados para a cena de Maria Madalena e os nativos só espiando, bem de perto... Daí o Cristo ver o alvoroço e indaga: Quem nunca errou, que atire a primeira pedra!! Aí, o matutinho pitando seu cigarrinho, não hesita, pega uma pedra e tasca na cabeça de Maria Madalena... Puta que o pariu, você ta maluco, nunca errou?, pergunta o Cristo. E o matutinho responde na bucha Dessa distança, Inhô não!!!.

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